Semana 1
Enfim no stricto sensu!
Superada a alegria letárgica da aprovação, efetiva-se a matrícula e dá-se início a fase de encontrar-se em meio a um contexto de discussão, (re/des)construção e pluralidade investigacional, no qual apenas os que conseguem organizar-se temporalmente alcançam um encontro consigo mesmo…
Neste ínterim, cursar a disciplina obrigatória Pesquisa em educação ministrada pelo Professor Dr. Walter Matias me trouxe a certeza de que não sei (ainda) realizar uma pesquisa de modo sistemático, nem tampouco relevante - mas as leituras para o desenvolvimento da revisão de literatura estão lapidando esta pesquisadora que vos escreve no anseio de reconfortá-los(as) quando estiverem neste lugar - pois tudo que trago enquanto certeza laboral está, por si mesmo, questionando minha pesquisa e pasmem: acredito que se assim não fosse, algo de errado, como sabiamente indicado por Machi e Mcevoy (2016) apud Mattar e Ramos (2021, p. 48) “você não pode escrever sobre o que não sabe, ou sobre o que os outros escreveram, ignorando o que já foi publicado”, mas sobre isso refletirei mais tarde, quando mais madura na leitura e escrita acadêmica.
Ainda sobre este primeiro contato com professor Walter, ao correr o olhar por toda a turma de 22 mestrandos, matriculados em seis linhas do programa de pós-graduação do PPGE/UFAL, fez no coletivo, mas para mim, individualmente, a todos e a cada um presente, a provocação limiar, dizendo que “temos, como pesquisadores, autoridade epistemológica para dar pistas, apontar possibilidades e caminhos por meio da investigação, ou seja, estuda Rosely Frazão, essa responsabilidade a partir de agora também é tua!
Por conseguinte, a disciplina Recursos Educacionais Digitais, me trouxe um alento através do conteúdo programático preliminarmente apresentado pelo Professor Dr. Fernando Pimentel, ali com certeza é minha zona de conforto por ter eu, pesquisadora iniciante, acessado-os, anteriormente, mas ao nos organizarmos coletivamente para ministrar os momentos de aula como professor, líder ou secretário(a) no desenho proposto pelo professor para a resolução de problemas diante das temáticas, me perguntei variadas vezes como poderia contribuir com as também variadas temáticas investigativas de meus colegas, pois sinto que me faltam habilidade e técnica.
Entretanto, segundo Pinto (2005, p. 231) “em todos os tempos a técnica reinante, e não a organização da sociedade, dominou o homem e o pôs a seu serviço”. Diante disso, a partir de agora será um olho no gato e outro no rato, ou melhor, como pontou o professor Pimentel, parafraseando Aristóteles: a virtude está no meio! E ainda sobre esta aula, não poderia deixar de registar uma citação que para mim representa todo nosso esforço em pesquisar na esfera da educação: “a escola precisa formar as gerações para o tempo em que vão viver” (Pimentel, 2017, p. 66)
Para fecharmos a semana, a reunião com o grupo de pesquisa diretivo Narrativas Digitais, integrante do ‘grupo-pai’ Tecnologias da Informação e da Comunicação na Formação de Professores Presencial e a Distância (TICFORPROD/UFAL) trouxe-me mais indagações, mas também a certeza de não estar só. Pois, para além dos entraves, documentos, dúvidas, protocolos, livros, caminhos e claro uma pausa (dialogada) para o lanche, estava presente o olhar atento e a problematização precisa da minha orientadora Professora Dr. Maria Aparecida Pereira Viana me indicando, de modo coletivo, os pontos de atenção descritos a seguir:
atentar-me para os prazos e a prioridade de seguir um plano;
escrever de forma clara para que não reste dúvidas aos leitores;
atuar de modo colaborativo, integrado e impactante deve ser um de nossos princípios;
ler sempre e fichar todas as leituras;
iniciar a construção do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para dar entrada no Comitê de Ética para pesquisa com seres humanos, auxilia a formatação do projeto de pesquisa.
Referências
MATTAR, João; RAMOS, Daniela Karine, Metodologia da pesquisa em educação:abordagens qualitativas, quantitativas e mistas. São Paulo: Edições 70, 2021.
PIMENTEL, Fernando Silvio Cavalcante. A aprendizagem das crianças na cultura digital. 2 ed. rev e ampl. Maceió: EDUFAL, 2017.
PINTO, Álvaro Vieira. O conceito de tecnologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005.
Comentários
Postar um comentário