Semana 5
Enfim…consegui todas as cartas de anuência assinadas e carimbadas, mas a caminhada para a submissão do projeto na Plataforma Brasil ainda demanda alguns passos importantes, sobretudo quando reflito sobre a relação anteriormente já citada entre teoria e prática, pois cada leitura, me (re)convida a analisar o estudo projetado para a ação investigativa aqui descrita semanalmente.
Nesse sentido, ao acessar os livros indicados pelo Professor Walter Matias, encontro uma passagem que descreve muito do que estou experienciando: “[...] penso que um caminho bastante promissor à pesquisa em educação é o contato constante com outros pesquisadores da área ou de áreas correlatas” (FAZENDA, 1991, p. 20). Assim, indicações de eventos, leituras, editais e até a ideia da formação de um grupo de estudos vão surgindo diariamente tanto presencial, quanto virtualmente entre nós mestrandos.
Por conseguinte, perguntas, provocações e criticidade se fazem presentes em todos os momentos de orientação junto a Professora Maria Aparecida e esses elementos tornam a reflexão cada vez mais diretiva na articulação entre os referenciais teóricos e os instrumentos de coleta. Assim sendo, Canterle (2019, p. 82) diz que “as críticas negativas, quando apontadas de forma humilde e com propriedade, são os caminhos norteadores para que o orientado procure novos conhecimentos e métodos para reafirmar seu trabalho [...]”.
Destarte, a construção do material para oficina: A incorporação do celular na jornada letiva, também me indicou fatos importantes sobre a cultura digital, ambiente escolhido como cenário de minha pesquisa, à saber:
Ou seja, após movimentos de restrições e proibições - alguns frutos de pesquisas públicas - uma resolução vem dispor sobre os direitos das crianças e adolescentes em ambiente digital, inclusive descrevendo em seu 4º artigo que:
Todas as crianças e adolescentes devem ter garantido o direito ao acesso ao ambiente digital, assegurando-se que os conteúdos e serviços acessados sejam compatíveis com seus direitos e seu superior interesse. (BRASIL, 2024)
E agora? Como nós, mestrandos da linha de pesquisa Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação, podemos provocar reflexões para incorporar o direito do acesso a uma dinâmica letiva ainda apegada ao presencial e palpável?
REFERÊNCIAS
BRASIL. Resolução nº 245, de 5 de abril de 2024. Disponível em:<https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-n-245-de-5-de-abril-de-2024-552695799>. Acesso em: 12.abr.2024.
CANTERLE et al. O processo metodológico como aliado na edificação do pesquisador In BRANCHER, Vantoir Roberto; CANTERLE, Lisiane Darlene; MACHADO Fernanda de Camargo (Orgs.) Metodologia(s) da pesquisa em educação profissional e tecnológica: dilemas e provocações contemporâneas. Curitiba: Brazil Publishing, 2019.
CNN BRASIL. Rio de Janeiro proíbe uso de celulares em escolas da rede pública municipal. 02/02/2024. Disponível em:<https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/rio-de-janeiro-proibe-uso-de-celulares-em-escolas-da-rede-publica-municipal/>. Acesso em: 10. abr.2024.
FAZENDA, Ivani (Org.). Metodologia da pesquisa educacional. 2 ed aumentada. São Paulo: Cortez, 1991. - (Biblioteca da educação. Série 1. Escola; v. 11)
JOCA. Aumenta número de estados e países que proíbem o uso do celular em sala de aula. 18/01/2024. Disponível em:<https://www.jornaljoca.com.br/aumenta-numero-de-estados-e-paises-que-proibem-o-uso-do-celular-em-sala-de-aula/. Acesso em: 10. abr.2024.
Ótimas reflexões! Acredito que essas inquietações acrescentam muito no nosso processo de construção da pesquisa e também de nós mesmos enquanto pesquisadores.
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